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Eu e o mundo

As minhas impressões, opiniões e outras coisas acabadas em ões sobre o mundo, pelo menos o mais próximo de mim.

Eu e o mundo

As minhas impressões, opiniões e outras coisas acabadas em ões sobre o mundo, pelo menos o mais próximo de mim.

Esta greve dos professores...

Eles protestam. Nós pagamos.

Desenganem-se os mais crédulos. Esta grevezinha dos professores do secundário vai sair-nos muito cara. Os exames vão ter de ser repetidos por milhares de alunos, o ministério vai fazer novos exames, imprimir novos exames, fechá-los em novos envelopes…

Estão a ver o resultado de tudo isto? Mais um impostozeco ou outro para atenuar o percalço financeiro que a greve dos docentes provocou.

Eu não grandemente a favor das greves no geral. Não tenho alma de sindicalista e acho que as pessoas crescidas resolvem as coisas sem andarem aos gritos no meio da rua com cartazes a insultar seja lá quem for. Mas isto sou eu. Nunca fui sindicalizada e nunca fiz greve. Não tenho particular orgulho em nenhuma das duas coisas. Simplesmente nunca aconteceu.

Mas os senhores professores que estavam cobertos de razão até ao dia de hoje, perderam-na ao hipotecarem o futuro de milhares de miúdos que estão doidos para se verem livres dos exames, para fazerem as suas candidaturas à faculdade e para começarem a peregrinação de festivais de verão do costume.

O problema aqui não passa só pela redução das férias dos alunos, mas eventualmente também pela redução das férias dos pais, que convenhamos, estão, como todos, nós a precisar desesperadamente de uns diazinhos ao sol, de papo para o ar, com a lancheira ao lado. (Os almoços nos restaurantes de praia começam a fazer parte de um passado cada vez mais longínquo).

Mas não só as férias. Quem já despachou filhos para a faculdade sabe que é um processo que envolve alguma logística. Arranjar casa, alugar casa, pedir água, luz, gaz, internet e televisão, limpar e mobiliar casa, transportar e arrumar todas as tralhas que os adolescentes precisam para sobreviver, etc. é um processo que envolve alguns (bons) dias até à sua conclusão.

Este atraso nos exames pode não ser nada bom para o estado de espírito dos pais que já começam a ver no horizonte excursões à cidade para onde vão despachar o filho, tentar encontrar alojamento a um preço razoável, seja lá o que isso for, e umas dores de costas à conta de carregar a tralha para o alojamento respectivo. Uma tragédia, garanto-vos eu, que no ano passado alojei duas e bem sei as nódoas negras e dores de costas que me acompanharam durante semanas.

Acima de tudo acho que a chantagem, o único nome que consigo dar à atitude dos professores, nunca é a melhor forma de lutar pelos nossos direitos. Seja em que circunstância for. E quando essa chantagem envolve o futuro de terceiros, torna-se ainda mais sórdida.

Já sei que vou ser achincalhada e provavelmente acusada (novamente) de fundamentalista.

Lamento, mas esta é a minha opinião. Os professores não estão a viver pior nem melhor do que o resto dos portugueses. Na verdade, estamos todos a viver bastante mal, todos no mesmo barco, que parece prestes a afundar-se.  Portugal é neste momento uma espécie de Titanic depois de ter encalhado no icebergue. Até temos o mar, só nos falta o icebergue.

 

Amanhã é o dia

Acabei de saber que uma pessoa de quem gosto muito e que conheci através de trabalho vai amanhã conhecer o seu primeiro filhote. O JM vai nascer amanhã e ao saber isso confesso que fiquei emocionada. Primeiro porque a mãe vai descobrir sentimentos dentro de si que nem sabia que existiam e depois porque o mundo fica mais bonito de cada vez que nasce um bebé. E um bocadinho porque vai nascer no mesmo dia que eu.

Mas principalmente fiquei emocionada porque me lembrei do dia em que fui mãe pela primeira vez. Quase há vinte e dois anos atrás e ainda tão presente na minha memória.

Ainda me emociono quando penso no que senti ao olhar para a minha filha linda, linda pela primeira vez.

Um bebé redondinho, cor de rosa, de olhos grandes e assustados, de mãos, pés e pernas compridos. Na verdade toda ela era comprida.

Um bebé que agarrou o meu dedo e ficou tranquilo deitado no meu peito.

Um bebé que me ensinou o que significa o amor. Que me fez crescer e ter medo pela primeira vez na vida. Medo de não estar , de não conseguir, de não ser o que ela precisa como mãe. Medo de tantas coisas.

E que me fez e faz sentir tão orgulhosa de cada vez que olho para ela ainda hoje. Tão linda, tão diferente de mim, tão minha filha.

E vinte e nove meses depois voltei a repetir tudo.

Voltei a olhar para um bebé rechonchudo, não tão cor de rosa, mais chorão e refilão, tão lindo.

A minha filha mais nova é igual a mim desde que nasceu e já nasceu a refilar. Não deixou ninguém dormir em bebé. Nasceu irritada e refilou durante um ano e meio. Nós é que não percebíamos o que ela dizia.

Até hoje, já lá vão dezanove anos, continua igual a mim. Refilona…

As minhas filhas, o meu maior feito, o meu orgulho, os meus dois amores acima de tudo e de todos, especialmente de mim.

Os medos em duplicado. O orgulho em duplicado. O amor em duplicado. O meu coração ocupado duplamente.

Amanhã será um grande dia. O JM vai nascer e a mãe dele vai perceber muitas coisas. Vai ser mais feliz.

Amanhã vou estar com a R. no meu coração. E com o JM.

Amanhã vai ser um grande dia.

O dia do JM.

 

 

Aceitação

No fundo tudo se resume a aceitação.  Aceitarmos os outros e sermos aceites por eles. Mesmo que achemos que não, que estrebuchemos e gritemos, tudo se resume a aceitação.

E o pior é quando sentimos que apesar de todos os nossos esforços não conseguimos que alguém nos aceite. O sentimento de rejeição é lixado, com F muito grande. O sentimento de rejeição é como uma espinha de carapau enfiada na garganta, que por mais côdea de pão que se coma não desce e continua a arranhar. Neste caso arranha o ego, não a garganta. Mas arranha.

Pensando bem talvez me tenha esforçado demais por ser aceite, talvez devesse ter relativizado as coisas e mantido uma distância de segurança. Talvez não devesse ter gostado tanto, ter tentado tanto, ter perdoado e cedido tanto.

É uma questão de feitio e o meu leva-me a tentar que todas as pessoas de quem eu gosto sejam mesmo felizes. Mesmo que para isso eu engula sapos do tamanho de elefantes. Na verdade tenho uma capacidade estúpida de passar por cima de coisas que me magoam para não magoar outras pessoas. Até hoje, que me lembre, cortei com muito poucas pessoas na minha vida. As mais difíceis, mas também as que me magoaram para além do limite do razoável, porque tocaram nas minhas filhas que são o limite máximo do que eu sou capaz de aguentar. De resto vou perdoando, mesmo quando parece que não, quando estrebucho, resmungo, refilo, mas vou fazendo, vou cedendo, vou esquecendo.

Infelizmente para mim também me vou magoando cada vez mais e ficando mais e mais irritada comigo por não seguir o meu instinto natural de deitar cá para fora o que estou a sentir, de não pôr tudo em pratos limpos, como seria natural em mim, de não descer do salto alto e mostrar que estou irritada, triste e muito, mas muito, muito magoada.

Tenho este hábito estúpido de tratar as pessoas de quem gosto bem, de as mimar, de gostar de as ver sorrir. Para mim um sorriso de quem amo vale um euromilhões e por esse sorriso muitas lágrimas me vão caindo quando o coação não aguenta mais.

Estou mesmo triste com isto tudo. Anos e anos a tratar bem as pessoas, a mimar, a ser educada, generosa, a pôr-me em segundo plano pela felicidade de pessoas de quem gosto mesmo muito e no fim, acabar por perceber que por mais que me esforce serei sempre uma estranha.

Talvez seja mais triste para mim porque tenho uma noção muito romântica de família, sempre condenei algumas pessoas do meu sangue por não apoiarem os seus, por não darem tudo pela harmonia. Mas na verdade, olhando para trás, talvez tivesse feito tudo de outra forma. Talvez não tivesse sido tão aberta, tão generosa.

Neste momento não estaria tão triste. Estou triste, muito triste. E não posso contar a ninguém porque se o fizesse ia mesmo magoar outras pessoas a quem amo muito e isso não posso de todo fazer.

Só posso estar cinzenta como o dia de hoje e esperar que um dia as coisas sejam diferentes. Mas no fundo, eu sei que não ser.

Passei a minha vida toda com a sensação de não pertencer aos lugares onde estou, de não me enquadrar, de não ter o direito de estar… As minhas filhas são a única família que eu tenho. Por mais que eu pense que não é assim, a verdade é que é.

Tão triste, tudo isto. Tão irremediavelmente triste. Tão inútil continuar a chorar.

Tenho quase quarenta e sete anos (faltam dois dias) e o síndrome do Calimero apanhou-me de surpresa. Na verdade tenho andado a camuflá-lo debaixo da casquinha do ovo. A casquinha partiu-se. Não quero mais. Mas também sei que se fizer alguma coisa para mudar vou perder pessoas muito importantes na minha vida.

Amanhã será melhor. Tenho a certeza. Ainda que hoje o meu coração se recuse a cantar… O que só muito raramente acontece. Aconteceu hoje.

Amanhã é outro dia.

Ainda os polícias

Depois de me acusarem de fundamentalista em relação aos agentes de autoridade, até tinha pensado para comigo não voltar a bater-lhes aqui, mas não posso deixar passar o que acabei de testemunhar.

Então em Santarém estamos na época da loucura anual, vulgarmente designada por Feira Nacional da Agricultura.

Esclareço desde já que não tenho nada contra a FNA e que até gosto de ir lá dar uma voltinha. Ainda ontem à noite fui ver o concerto dos Xutos & Pontapés.

O que me irrita ligeiramente (talvez um pouco mais do que ligeiramente), é que parece que as regras de trânsito em Santarém passam a ser outras no período em que decorre a FNA.

Hoje especialmente estão milhares de pessoas na FNA. E porquê? Porque a TVI está na Feira com o Somos Portugal e portanto é a LOUCURA.

A loucura, infelizmente não se estende apenas ao recinto da feira. Os carros estão basicamente estacionados desde a Ponte da Asseca até ao início da subida para Santarém, a Calçada não sei das quantas onde todos os sclabitanos já foram multados por excesso de velocidade. 

Parece-me a mim que os muitos agentes de autoridade que vi nas imediações da feira, nas rotundas e cruzamentos próximos deviam andar de livrinhos de coimas e autuar toda a gente que deixou os seus belos carrinhos tão BEM (tom irónico), estacionados para irem aplaudir tudo o que é artista pimba deste país. (faço notar que também não tenho nada contra os artistas pimbas ou contra a música pimba em geral e que, na verdade, até me salta um bocadinho o pé para a chinela).

Tenham dó. Uma pessoa vem do Cartaxo para casa pela estrada nacional e tem de fazer uma verdadeira gincana para se desviar dos carros, dos espelhos dos carros e de alguns donos de carros que seguem em direção aos mesmo num equilíbrio para lá de periclitante. Estou irritada. Ah, pois estou. 

Eu ontem à noite deixei o carrinho longe do recinto e fui a pé porque não havia lugares e aquelas centenas de donos de veículos acham por bem estacionar na berma, enfim mais na estrada, mas pronto, nas zebras, nas rotundas, etc. Há carros por todo o lado. Pelas minhas contas gastavam-se ali à conta de uns 15 a 20 livrinhos de coimas. Se mederem uma percentagem e os livrinhos eu ofereço-me já para voluntária. Sei ler e escrever e o exercício de caminhar só me fará bem. 

Sim, porque os agentes de autoridade fecham CONVENIENTEMENTE os olhinhos ao mau estacionamento, ao mau estado em que os condutores dos ditos veículos mal estacionados saem da feira em direção aos mesmos e posso jurar, posso mesmo, que não vi sinal de operação STOP ou de controle de alcool nas proximidades.

Ah e tal, que mau feitio. Também nunca neguei que tinha, pois não? Geralmente até é das primeiras coisas que digo a quem conheço de novo. As pessoas é que não acreditam...

A feira é tradição. E as bebedeiras também, aposto. Mas que eu saiba, e se estiver errada digam-me, não existe nenhuma exceção no código da estrada para os dias da feira, pois não?

Então vamos lá deixar-nos de merdas e fazer cumprir a lei, senhores agentes. Deixem-se lá de estar a olhar para ontem e comecem a puxar das canetinhas.

É que isto, como se diz na minha terra, ou há moralidade, ou comem todos... Se fecham os olhinhos na feira...

Coadopção - Luís Borges e Eduardo Beauté

Acabei de ver uma magnífica entrevista feita pelo Manuel Luís Goucha a uma das famílias conhecidas que mais admiro, o Luís Borges e o Eduardo Beauté.

Para quem não sabe eu escrevo no SapoFama e tenho publicado inúmeras notícias e fotogalerias desta família, de tal forma que o meu diretor me goza constantemente e refere que estou "apaixonada por eles", o que não me perturba nada e só me dá vontade de continuar a lutar para lhes dar visibilidade.

E estou, de facto apaixonada por eles.

Estou apaixonada pela forma maravilhosa com que se propuseram tomar a responsabilidade de uma criança especial como o Bernardo, pela forma como o amam, como cuidam dele e acima de tudo pela forma como o fazem feliz.

Porque ninguém tenha dúvidas de que o Bernardo é uma criança feliz. Muito feliz. As crianças são transparentes, para o bem e para o mal, e o sorriso do Bernardo não engana. Ele é uma criança feliz e amada.

E esse amor que os pais lhe dão diariamente é que lhe vai dar a força para enfrentar as pessoas más que terá, infelizmente, de enfrentar ao longo da sua vida.

"Nós somos uma família. Que ninguém tenha dúvidas a esse respeito. Eu e o Luís somos uma família. Não podemos procriar mas podemos amar. E aquilo que nós fazemos com o Bernardo não passa disso mesmo, muito amor, muita dedicação e um empenho eterno para com a vida e o bem estar do Bernardo", foi umas das frases bonitas, que foram muitas, ditas pelo Eduardo durante a entrevista.

E para aqueles imbecis como o doutor Marinho Pinto: "Pensem que há muita criança no mundo a precisar de uma família e que a base de uma família é o amor. Tudo se resume ao amor. Não vale a pena tanta gritaria à volta deste assunto".

Eu não conheço, ainda, pessoalmente o Luís e o Eduardo, embora já tenha falado telefonicamente algumas vezes com o Luís por questões profissionais. Tenho uma vontade imensa de os conhecer, não profissional, mas pessoalmente, pois tenho a certeza que me vou identificar com os dois. Esse dia chegará certamente e tenho a certeza que não vou ficar desiludida.

Sou absolutamente contra o preconceito. O preconceito está na base de todas as guerras do mundo e na base das limitações dos seres humanos.

Nunca acabará o preconceito no mundo, mas depende de todos nós fazermos o que estiver ao nosso alcance para o diminuir.

E esse esforço começa em casa pela educação dos nossos filhos. Eu tenho um orgulho imenso de ter criado duas filhas despreconceituosas que aceitam todas as pessoas independentemente de cor, credo, raça ou orientação sexual. Nem poderia ser de outra forma - são minhas filhas. 

Faz parte da responsabilidade de cada um de nós enquanto pai ou mãe educar os nossos filhos para que meninos como o Bernardo não venham a sofrer discriminação na escola ou no meio onde se movimentem.

Não se esqueçam de que, há não muitos anos atrás, os filhos de pais divorciados era discriminados e hoje em dia essa é uma situação perfeitamente normal.

Espero pelo dia em que crianças filhas de casais homossexuais também não sejam motivo de conversa ou discriminação.

Espero ainda estar por cá quando esse dia chegar. E espero muito sinceramente que pessoas como o doutor Marinho Pinto um dia mordam a língua e morram envenenados no veneno da estupidez.

 

 

O mau exemplo dos agentes de autoridade

Acabei de ver no Facebook do ator José Fidalgo dois posts que me deixaram verdadeiramente indignada e com a devida vénia ao ator, resolvi partilhá-los aqui, pois partilho inteiramente da sua indignação.

O José Fidalgo foi autuado por estar mal estacionado por um polícia, que para proceder à autuação do ator cometeu exatamente a mesma infração. Confusos? Eu explico.

Segue o post que o ator escreveu no Facebook: "E diz-me este agente da autoridade:

O amigo como parou em cima de uma passadeira, tem duas hipóteses. Paga uma multa muito gravosa(60€), que daria inibição de conduzir ou uma menos gravosa(30€) que poderia safar-me à inibição ou não. 
Pergunto. Que sanção levaria este agente? Faltar mencionar o porquê deste típico episódio. 
Eu parei numa passadeira( onde nao interferia na boa circulação dos peões) para ir buscar o meu filho na escolinha. Este percurso demora 2/3 minutos. O agente da autoridade parou em duas passadeiras para multar tudo o que podia. Sei que não sou exceção mas será que este agente é?".

E se quiserem ver o vídeo, aqui fica o respetivo link: https://www.facebook.com/photo.php?v=373324729435599

Eu tenho um longo historial de pegas de caras, de cernelha e de outros tipos com agentes de autoridade armados em parvos, que comigo, lamentavelmente não se safam.
Tenho um assumido ódio de estimação contra os polícias e faço questão de não o esconder. 
Assumo que não gosto de polícias e que não perco uma oportunidade de lhes fazer saber isso.
Embora tenha agentes de autoridade na família, partilho a teoria de que quem não sabe fazer mais nada vai para polícia. Desculpem a franqueza mas é a minha opinião.
Tenho a firme convicção de que as entidades patronais devem ser respeitadas e os patrões dos polícias somos todos nós, cidadãos comuns que pagamos os nossos impostos e com isso lhes asseguramos os ordenados no final de cada mês. Não está certo que eles não nos respeitem. Está até bastante errado.
Aqui há uns tempos, nem sei se já o contei aqui, vinha eu do supermercado perto da minha casa e que vejo?
Um carro da polícia parado em SEGUNDA fila e o respetivo agente de autoridade todo contente na fila do multibanco para tratar da sua vidinha, pois claro. sim porque não me parece que o mandem pagar a conta da luz lá da esquadra no multibanco...
Logo à partida estão aqui várias coisas erradas, como qualquer pessoa com dois dedos de testa percebe.
Primeiro, o carro estava em situação de infração, pois encontrava-se estacionado em segunda fila.
Segundo, e o agente estava na fila do multibanco estava a tratar de assuntos pessoais durante o horário de serviço e ainda a usar a viatura de serviço e o combustível que nós pagamos para seu uso pessoal.
Qualquer pessoa podia ter-se calado e passado ao lado, como aliás todas as pessoas que também estavam na fila do multibanco faziam, mas eu sou ABSOLUTAMENTE incapaz de me calar nestas coisas. É mais forte do que eu. Quando penso, já disse.
Por isso, cheguei-me ao pé do agente:
- Desculpe, mas acha que está a dar um bom exemplo? Está mal estacionado, está a tratar dos seus assuntos nas horas de serviço e a usar um carro de serviço para o fazer. Acha bem? Se eu tivesse o meu carro estacionado em segunda fila o senhor havia logo de sacar do seu livrinho de coimas e passar-me a respetiva coima. Acha isto bem?
E o polícia:
- A senhora não pode falar assim comigo. Pensa que está a falar com quem? 
E eu:
- Estou a falar com um dos meus funcionários e a chamar-lhe a atenção para um comportamento muito pouco correto da sua parte. O seu ordenado e dos seus colegas é pago por mim e por todos os contribuintes deste país, e isso faz de mim sua patroa, e dá-me o direito de lhe chamar a atenção quando o seu comportamento não é o mais correto, que é o caso. Se eu tivesse um livrinho de coimas como o seu, garanto-lhe que neste momento já lhe tinha aplicado uma por mau estacionamento. E já agora uma repreensão por tratar dos seus assuntos pessoais no horário de trabalho. A sua sorte é que não tenho. Passe bem.
E virei-lhe as costas e deixei-o a falar sozinho. E já não foi o primeiro, nem o segundo e não será o último.
Os polícias deste país sofrem de uma enorme falta de civismo e de respeito por quem lhes paga o ordenado e mereciam imenso que todos nós tivessemos uma porcaria de um livro de coimas. Eu já tinha gasto vários...
Ai já, já!!!
E não estou a desculpar o Fidalgo. Acho que quem estaciona mal, seja lá por quanto tempo for tem de ser multado e ponto final. Mas nunca por um estupor de um agente que comete exatamente a mesma infração.
É um bocado demais para uma pessoa engolir, não?

Kim Kardashian pretende comer a sua placenta

 

Kim Kardashian não se cansa de chocar o mundo e de dizer (e fazer) asneiras.

A última da socialite é que retende ingerir a sua placenta depois do parto. Que nojo!!!!

E porquê?

Porque a rapariga está convencida que na placenta se encontra uma espécie de elixir da juventude e que pode manter-se jovem mais tempo se a ingerir.

Estranho?

Bastante, mas vindo de uma criatura que ainda há pouco tempo se fez injetar no rosto com o seu próprio sangue para retardar o envelhecimento da pele, não dá sequer para uma pessoa se admirar com esta novidade.

É certo que os animais ingerem a placenta depois de parirem os seus filhos, como forma de eliminar os vestígios do parto e ultimamente a prática parece estar a tornar-se hábito entre os seres humanos, como os seguidores da igreja da Cientologia.

Tom Cruise afirmou ter comida a placenta da sua filha Suri quando ela nasceu. Depois desmentiu a notícia, que teve uma enorme repercussão negativa, mas vindo dele não me surpreende que seja verdade.

Segundo a Cientologia as vantagens de comer a placenta são:


- Diminui as dores do parto
- Aumenta a preocupação e interação dos pais com o recém nascido
- Aumenta as hipóteses de uma nova gravidez
- Melhora o sistema imunológico
- Ajuda na depressão pós-parto


Os cientistas estão pesquisando quais as substâncias da placenta que podem causar esses benefícios para desenvolvimento de medicamentos, mas enquanto isso não acontece, a única forma é mesmo ingerir a dita cuja.

eu tive duasfilhas e garanto que seria absolutamente incapaz de comer tal coisa. Só de pensar tenho náuseas e olhem que eu sou uma pessoa que come, como diz o meu marido "tudo o que são partes estranhas dos bichos", incluindo as cristas dos galos. Mas placentas... 

No Japão, sempre pioneiro, já existe uma bebida que contém de 10000 a 40000 mg de placenta de porco!

Nos EUA a prática começa a ser cada vez mais popular e existem já diversos livros de receitas que ensinam como preparar, cozinhar e comer a placenta.
Se ainda tiverem estomago procurem no Youtube e encontram diversos vídeos de preparação, confeção e degustação de placenta.


Como diria a minha avó: "Estamos no fim do mundo!"

Começo a concordar cada vez mais com ela.

O verão mais frio

Ainda nem estou em mim com esta história de o verão deste ano vir a ser um dos mais frios dos últimos 200 anos.

Mas que raio é que se está a passar com este país? Já não nos chega termos a Merkel, a troika, o palhaço, o coelhinho, a portinha e agora até nos querem dar um inverno permanente?

Ninguém me tira da cabeça que isto é obra daquela alemã ressabiada.

Se pensarmos bem, ela coitada, que até gostava de fazer nudismo quando era nova (aquelas fotos que cirularam na net eram de morrer de susto...), de repente olha para este país tão pequeno e sem dinheiro e pensa: "Mas será possível que aqueles europeus de quinta categoria tenham uma coisa tão rara na Alemanha?"

E se pensou, já se sabe, ordenou logo a seguir. 

O que me leva a pensar. Será que o Céu, o S. Pedro e os restantes santos também já hipotecaram as suas vidas tal como aconteceu com Portugal? Será por isso que se veem obrigados a aceitar as ordens da tia Angela e tirar-nos o sol? Será que estamos todos a ser vítimas do Merkelismo? 

Estou preocupada com o futuro da humanidade, que como se sabe, depende e muito de uma sucessão de milagres que acontecem quase segundo a segundo.

É que se o Céu está refém do dinheiro da Merkel, é bem possível que os milagres a partir de agora passem apenas pelos céus alemães. Isto pode revelar-se verdadeiramente dramático para a humanidade.

Nós já ficámos sem o verão e sem o sol, o que se seguirá?

As nossas praias vão esvaziar-se e a água vai direitinha para os mares alemães?

As árvores das nossas paisagens vão mudar-se para os bosques deles?

O vinho português vai passar a chamar-se wein?

O queijo de Nisa passa a ser käse de Berlin?

E o que acontece a pessoas como eu que apenas sabem contar até dez em alemão e dizer coisas como Audi, Wolkswagen, Mercedes e pouco mais? Provavelmente vou ser exterminada...

Mas o pior mesmo é acabar com o verão. 

Eu até sou capaz de aprender alemão, na verdade até gostava, pois gosto do som estranho da língua.

Até sou capaz de tratar o queijo por Käse e o vinho por wein.

Até sou capaz de admitir que as praias fiquem sem água. Na verdade eu não entro no mar em Portugal, por ser demasiado frio para mim, por isso...

Agora duvido muito que seja capaz de sobreviver sem verão.

Eu passo o inverno todo a lamentar-me da falta de graus nas temperaturas, que para mim deviam rondar sempre os trinta graus. Não me estou a ver de botas em agosto, ou de casaco, ou coisa do género.

Oh tia Angela, se nós prometermos portar-nos bem e se pagarmos a dívida toda (tem que nos dar um tempo, claro), acha que pode voltar a dar ordem ao S. Pedro para devolver o verão a Portugal?

Vá lá, pense nisso.

Olhe que eu sem sol não tenho energia, sem energia não trabalho e se eu não trabalhar é menos uma para pagar a dívida...

Vá lá...

 

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