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Eu e o mundo

As minhas impressões, opiniões e outras coisas acabadas em ões sobre o mundo, pelo menos o mais próximo de mim.

Eu e o mundo

As minhas impressões, opiniões e outras coisas acabadas em ões sobre o mundo, pelo menos o mais próximo de mim.

Que mundo é este onde vivemos?

é impossível que um ser humano digno desse nome consiga ler uma coisa destas e ficar indiferente:


"Uma menina de oito anos morreu, na sequência de ferimentos provocados pelo coito, após a noite de núpcias com um marido com o quíntuplo da sua idade. A menina iemenita, identificada como Rawan, terá sofrido ferimentos internos, incluindo uma rutura uterina, de acordo com o jornal kuwaitiano «Al Watan».

O caso suscitou a indignação de ativistas, contra o noivo de 40 anos e contra a família da menina que permitiu o casamento. O caso passou-se na região tribal de Hardh, no noroeste do Iemen, junto à fronteira com a Arábia Saudita. 

Relatórios de organizações não governamentais citadas pelo jornal avançam que um quarto das meninas iemenitas casam antes dos 15 anos. 

O Governo aprovou uma lei em fevereiro de 2009, fixando a idade mínima para o casamento aos 17 anos, mas foi revogada depois de ser considerada anti-islâmica. 

O caso de Rawan não é inédito. Já em 2010, uma menina de 13 anos foi notícia depois de morrer, cinco dias após um casamento forçado, também por hemorragias provocados por uma rutura uterina.", retirado de TVI 24.


Que pais é que enviam uma filha de oito anos para a cama de um homem que podia ser pai dela? Aliás, que pais é que enviam uma filha de oito anos seja para a cama de quem for? Como, como é que é possível?

De facto há pessoas, se é que lhes podemos chamar pessoas, que não deviam de todo ter filhos.

Pobre criança que passou pelo pior pesadelo que uma mulher pode viver e sem sequer ter consciência do que lhe estava a suceder.

Que prazer é que pode um homem de 40 anos ter com isto? que monstro é que é capaz de se excitar com uma criança de oito anos?

Desculpem o texto em modo interrogativo, mas estou demasiado mal disposta para conseguir ter mais do que isto para dizer.


Muito obrigada doutora palhaça!

Morreu a doutora Palhaça

Fiquei a saber, hoje de manhã, que ontem morreu, com apenas 50 anos (mais três do que eu), Beatriz Quintella, que todos nós conhecíamos como a doutora Palhaça.

“Com tristeza infinita partilhamos a perda de Maria Beatriz, amada incondicionalmente - esposa e parceira de vida; Mãe com M maiúsculo; Super-Sogra; nora, irmã e cunhada querida e avó de uma menina com nariz de batata”, foi o comunicado feito pela família da brasileira que vivia há mais de vinte anos em Portugal.

Beatriz Quintella foi a fundadora da Operação Nariz Palhaço, em junho de 2002, uma forma que encontrou de levar sorrisos às crianças hospitalizadas e que precisam tanto de medicamentos para o corpo como para a alma.

Os doutores palhaços visitam anualmente mais de 40 mil crianças nos serviços pediátricos dos hospitais portugueses e fazem sorrir igual número de meninos e meninas e também dos seus pais, porque não há pai ou mãe que não sorria com o sorriso de um filho.

Geralmente não sou uma pessoa muito sentimental em relação à morte, tenho uma carapaça muito dura, mas confesso que hoje já me vieram as lágrimas aos olhos ao tomar conhecimento da morte da doutora palhaça.

É preciso muita generosidade para se ter uma ideia tão bonita como a de fazer sorrir crianças hospitalizadas, é preciso um coração muito grande e muito bonito, um coração igual ao da Beatriz.

A Operação Nariz Vermelho é das poucas a que nunca me recusei a contribuir e uso orgulhosamente uma t-shirt comprada numa dessas campanhas sempre que vou ao ginásio.

Não sei que tipo de cobertura a imprensa dará à morte de Beatriz Quintella, nem sei se ela gostaria que o fizessem, provavelmente não, a avaliar pela sua vontade de não haver na sua morte qualquer tipo de velório ou cerimónia fúnebre.

Mas quero prestar-lhe aqui a minha muito singela homenagem e agradecer-lhe pelos sorrisos que distribuiu ao longos destes 11 anos.

Felizmente nunca passei pela experiência de ver uma filha minha numa cama de hospital, mas acredito que seja um momento desesperante para qualquer pai ou mãe. Os nossos filhos são parte de nós e sabê-los a sofrer acaba com qualquer coração de mãe ou pai.

Sei apenas que, se um dia tivesse passado por essa experiência, seria eternamente grata a quem as fizesse sorrir. Volto a repetir o sorriso de um filho é mel para o coração de uma mãe.

Muito, muito obrigada Beatriz. Se existir Deus que ele ou ela a guarde junto de si.

Por cá vamos sorrir, que é a melhor homenagem que lhe poderemos prestar!

 

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