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Eu e o mundo

As minhas impressões, opiniões e outras coisas acabadas em ões sobre o mundo, pelo menos o mais próximo de mim.

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Muito obrigada doutora palhaça!

Morreu a doutora Palhaça

Fiquei a saber, hoje de manhã, que ontem morreu, com apenas 50 anos (mais três do que eu), Beatriz Quintella, que todos nós conhecíamos como a doutora Palhaça.

“Com tristeza infinita partilhamos a perda de Maria Beatriz, amada incondicionalmente - esposa e parceira de vida; Mãe com M maiúsculo; Super-Sogra; nora, irmã e cunhada querida e avó de uma menina com nariz de batata”, foi o comunicado feito pela família da brasileira que vivia há mais de vinte anos em Portugal.

Beatriz Quintella foi a fundadora da Operação Nariz Palhaço, em junho de 2002, uma forma que encontrou de levar sorrisos às crianças hospitalizadas e que precisam tanto de medicamentos para o corpo como para a alma.

Os doutores palhaços visitam anualmente mais de 40 mil crianças nos serviços pediátricos dos hospitais portugueses e fazem sorrir igual número de meninos e meninas e também dos seus pais, porque não há pai ou mãe que não sorria com o sorriso de um filho.

Geralmente não sou uma pessoa muito sentimental em relação à morte, tenho uma carapaça muito dura, mas confesso que hoje já me vieram as lágrimas aos olhos ao tomar conhecimento da morte da doutora palhaça.

É preciso muita generosidade para se ter uma ideia tão bonita como a de fazer sorrir crianças hospitalizadas, é preciso um coração muito grande e muito bonito, um coração igual ao da Beatriz.

A Operação Nariz Vermelho é das poucas a que nunca me recusei a contribuir e uso orgulhosamente uma t-shirt comprada numa dessas campanhas sempre que vou ao ginásio.

Não sei que tipo de cobertura a imprensa dará à morte de Beatriz Quintella, nem sei se ela gostaria que o fizessem, provavelmente não, a avaliar pela sua vontade de não haver na sua morte qualquer tipo de velório ou cerimónia fúnebre.

Mas quero prestar-lhe aqui a minha muito singela homenagem e agradecer-lhe pelos sorrisos que distribuiu ao longos destes 11 anos.

Felizmente nunca passei pela experiência de ver uma filha minha numa cama de hospital, mas acredito que seja um momento desesperante para qualquer pai ou mãe. Os nossos filhos são parte de nós e sabê-los a sofrer acaba com qualquer coração de mãe ou pai.

Sei apenas que, se um dia tivesse passado por essa experiência, seria eternamente grata a quem as fizesse sorrir. Volto a repetir o sorriso de um filho é mel para o coração de uma mãe.

Muito, muito obrigada Beatriz. Se existir Deus que ele ou ela a guarde junto de si.

Por cá vamos sorrir, que é a melhor homenagem que lhe poderemos prestar!

 

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